Tenho passado muito tempo envolto a sentimentos e autocrenças de menos valia, de negação.
Sentimentos distorcidos que acabam por trazer experiências cada vez mais dolorosas, desconcertantes, fortalecendo a rejeição, a reprovação e o isolamento. Distorcendo o real retrato da alma.
Retrato da alma... reflexo daquilo que projetamos nele.
Preciso limpar esse espelho e ver em sua essência minhas reais possibilidades.
Superar a expectativa de que alguém me salve, afinal... só eu acolho e entendo minhas histórias.
Ai de mim, se não fosse eu.
Repito isso como um mantra e descubro o poder de gerar novas realidades, de despistar a mente, mudar os padrões do hábito e dar uma chance à renovação.
De soslaio miro esse espelho e, mais a fundo, reconheço-me amado, vivo, presente.
Vibrando nesta certeza a vida se expande, ganha um novo significado... beleza onde não havia, riquezas que me pertencem enevoadas pelo cotidiano.
É necessário me aceitar assim como estou agora, todo o meu passado esculpindo o hoje.
Comprometido comigo, olho para minha alma, agora fora do espelho, e vejo luz.
Sou filho da luz, e deixo meu sol brilhar.
Já já meu gostosão estará comigo novamente e poderemos nos iluminar... mais uma vez.