segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Impotência

Quem me conhece sabe...
Entendo de perdas, da impotência ao ver o sonho ruir.
Choro em silêncio...
Alma ferida pela dor, de nada poder fazer.
Dispo-me de qualquer preconceito, jogo fora medos para admitir mais essa derrota, me render e recomeçar.
Ingênuo fogo que arde e queima...
Então berro, grito, urro e clamo encolhido e assustado.
A simples menção à sua falta me rouba o ar.
As palavras perdem o sentido mas, no limite de cada uma delas estico as frases, e quando ultrapassa o limite, elas flutuam, como se misturadas a sentimentos, virassem poema.
Noites vazias... toques sem respostas...
Silêncios distantes e amargos.
As horas são nuvens que se desfazem ao menor vento...
Os sentimentos estão aqui, claros, escondidos...
Conheço isso...
E como se fosse do meu sentir, fere meu coração.
Conheço o amor além da morte, além da vida.
Hoje vai ser assim...
A música é o silencio , a quietude, nada mais.
Amanhã...
É outro dia, e será melhor do que todos os que já houveram.
Depois de amanhã também...
E assim por diante até que os dias sejam lembranças e o amor eterno.