segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Ô vida...

Até quando?
Tenho feito esta pergunta, desde que nasci.
Acompanho a vida como um filme ou novela. Tudo parece muito repetitivo,  cansativo.
Vejo pessoas como personagens, em suas inúmeras fases...
Vivedo seus dramas e vinganças, paixões, alegrias e tristezas, amores, idas e vindas, glórias e derrotas, realizações e frustrações.
Tudo o que um ser humano experimenta na vida, enquanto encarnado.
Me canso ao assistir a minha própria 'produção'...
Assim como me canso ao assistir a vida alheia também.
Mas, na simplicidade da vida, há sempre uma certa beleza, um certo encantamento...
que não me é desapercebido e, isso me transmite paz.
Se não é complicado, difícil, se flui apenas...
é belo, transcendental!
A besta humana, quando não complica a vida...
faz brilhar a sua essência divina, assim como o sol, todos os dias...
ao nascer...
ao se pôr...
ao aquecer pêlos e peles indiscriminadamente.

domingo, 4 de dezembro de 2022

Aos grandes amigos

Insistimos em dizer que os amigos de verdade são os que estão ao nosso lado nos momentos difíceis, mas não!
Os grandes amigos são os que suportam a minha felicidade!
Consolar e aconselhar são coisas que qualquer um faz.
Compartilhar e participar dos meus melhores momentos...
são poucos os que conseguem sem invejas ou outros sentimentos menores.
Como eu não consigo ler pensamentos, me preocupo apenas em ser amigo e agradecer aos meus grandes amigos o perfume, luz e carinho que trazem consigo e deixam esparramados pelo meu dia.
Tobrigado por tudo.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Juju... que saudade!

De verão vestiu-se o dia, e eu, gelado.
Implacável dor, manteve-me acordado.
Com promessas de calor o sol vem sacudir-me a letargia, mas a mão inerte nega a guia do meu frio coração morto de dor.
E assim renego o verso salvador.
A tristeza é demais e a saudade ainda maltrata a alma, desumano.
Fustigando-me a esperança envergonhada, de nada me serve desejá-la muito amada.
Na frustração pesa o desengano.
Horas passam imunes à razão que teima em me convencer de que a poesia é a solução.
Na tarde já emerge o sol poente, e o olhar volta a cair na pena.
A dor ainda não é pequena, não me permite o gesto tão dormente.
Cai a noite e o seu manto estrelado, cobre de brilho novo, meu fardo.
A mão ligeira, como por encanto, envolve na mesa, a pena leve.
Que desliza num verso ainda que breve, a contar a história deste meu pranto.
Juju... que saudade!

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Alma... minha alma.

Não preciso beber para me sentir embriagado.
Nem de drogas para ficar alucinado.
De dormir para sonhar, de viajar para conhecer o mundo.
Vou sem sair do lugar.
Conheço a lua com a imaginação a me levar.
Vivo em amor, sem ter a quem amar.
Sorrio para a tristeza.
Entristeço-me com a euforia.
Converso com os deuses e os anjos na solidão do deserto.
Solitário, me sinto acompanhado.
Na multidão, me sinto só.
Louco, e loucura... sábio.
Vejo a beleza do feio.
A profundidade do simples.
O bem do mal e o mal do bem.
O brilho em meio à escuridão.
Costumo me encontrar quando me perco.
Vivo a morte em vida e faço morada na eternidade.
Mesmo a dor e o sofrimento procuro converter em arte e sabedoria.
Minha alma é como uma harpa que canta, dá voz ao interior desnudo.
É como um rio que corre na garganta, rouco, filho de um grito selvagem, que ecoa mudo.
Conheço o calor de quem, há pouco, nem sequer conhecia e, dedico a estes um pedaço de mim, ou tudo...
E me perco ao me encontrar.
Em meio a um turbilhão de emoções e sentimentos, minha alma dança, sem parar, até se acalmar!

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Juju eterno amor

Olhos atentos no seu rosto de criança, visto o mundo na sua doce inocência, focinho erguido olhando em frente.
Porque o futuro lhe sorri, nada de mal existe na sua mente.
Seu caminho é de luz, de flores e de amor, o percorrido e o que começa a percorrer nas pegadas de um ser maior.
Ela confia no amor, nas mãos estendidas que não a deixam cair.
Vai Juju, 12 anos que você planta felicidade em nossas vidas, vai... vai colher o nosso eterno amor.

Juju, meu amor minha flor

Se a minha flor de luz colorida, sombria se recolher.
Ficando emudecida, por agruras do viver.
Se massacrada pela dor, envolta pelo sofrer.
Regada por chuvas de amor, poderá reflorescer.
As ocultas sementes mesmo dormentes,
aguardam a flor adormecida germinar,
que poderá voltar à vida,
num feliz desabrochar.
Mal posso esperar.