quinta-feira, 18 de julho de 2024

Por que escrevo?

Escrevo porque entendo a voz do vento, quando escuto seu lamento e ouço o canto das estrelas na solidão.
Escrevo porque entendo o luar e a lamentação.
Escrevo porque tenho amor à vida, cismo e medito olhando a negra tempestade no céu, infinita!
Também a paz avisto na saudade que em mim se esconde, de paixão me visto e escrevo, a inspiração me vem não sei de onde.
Enquanto na minha alma suspira a escrita condoída, cresce a sombra desolada do meu rosto, caída.
Escrevo porque ouço a fonte que murmura.
É minha água, pura.
Ao raiar da aurora ou na nostalgia da tarde, quando a sombra encanta os arvoredos, vem a mim a saudade e nada sou, nada me resta, nem meus medos.
Escrevo porque a vida já não surpreende nem molesta.
Escrevo porque acredito na vida, na próxima ou até mesmo nesta.

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