domingo, 9 de março de 2025

Recuperado... de um passado remoto

Teria acontecido...
Pela insegurança, pela dúvida em si mesma e na minha cumplicidade; não tinha mesmo como dar certo.
Bastava se abrir, não mentir. Ter arriscado um 'não', que era o que de pior teria acontecido.
Um 'sim' poderia ter mudado nossas vidas.
Desde quando o medo tornou-se maior do que sua vocação para a felicidade? Eu não percebi...
Esse medo que paralisa, limita, congela as suspeitas, eterniza as dúvidas, nos diminui, desmerece e encarcera...
Esse medo de avançar e cair, chegar e se arrepender, evoluir e não estar pronto, querer e não obter...
Esse medo que não deixa acontecer o pedido de perdão, fazendo do erro o fim.
Bastaria coragem e pureza na alma, e não haveria um 'se'.
Se...
Colecionando fragilidades, distorcendo possibilidades com remorso e culpa.
Nesse mundo legitimado por egos inflados e distorções da verdadeira auto estima, reconhecer-se merecedor, capaz e digno é admitir-se por inteiro. Aceitando a igualdade de que ninguém é tão especial ou tão banal, quanto nós mesmos.
Só erra quem faz e fazer é o início de tudo, de tudo o que faz sentido, tendo o erro como 'acidente de percurso' o perdão é consequência natural de quem se arrisca e... erra, sem medo.
Bastava se abrir, não mentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário