Meu grande amor.

Meu lindo.
Metade amputada de mim.
Metade adorada de mim, lava os meus olhos.
Que a saudade é o revés de um parto.
Dói como um barco, que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais.
A minha dor é a dor de menino acanhado, menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar.
Que salta aos olhos, igual a um gemido calado, a sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar.
Só nós dois é que sabemos o quanto nos queremos bem.
Só nós dois é que sabemos só nós dois e mais ninguém.
Só nós dois avaliamos este amor forte e profundo.
E quando o amor acontece, não pede licença ao mundo.
Amor... meu grande amor, não chegue na hora marcada, assim como as canções, como as paixões e as palavras.
Eu sei que vou te amar.
Me veja nos teus olhos, a minha cara lavada, por toda a minha vida eu vou te amar.
A cada ausência tua eu vou chorar.
Só eu sei o que é não ter e ter que ter pra dar.
Meu grande amor, me veio assim bem de repente.
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente.
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver.
À espera de viver ao lado teu por toda a minha vida.
No inverno te proteger, no verão sair pra pescar, no outono te conhecer, primaveira poder gostar.
No estio me derreter, pra na chuva dançar e andar junto.
Meu grande amor, que eu seja o último e o primeiro e quando me quiser, que seja de qualquer maneira.
Tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço, a vida dos teus filhos desde o fim até o começo.
O destino que se cumpriu.
De sentir teu calor e ter sido tudo.
Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia.
Quando me chamou, eu vim, quando dei por mim, tava aqui.
Quando lhe achei, me perdi, quando vi você, me apaixonei.
Meu grande amor, dure apenas o tempo que mereça.
E quando me encontrar, meu grande amor, por favor, me reconheça.
E nunca se esqueça, nem por um segundo, que eu tenho o amor maior do mundo.
Como é grande o meu amor por você.