sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Imaginando meu velório

Minha alma assistindo a tudo sem nada entender.
Uma multidão que agora se aglomera, no triste e pequeno espaço da capela.
Onde jaz um corpo inerte a perecer.
Gente que esqueceu que eu existia agora reza um terço dizendo que sente muita saudade mas, só vejo hipocrisia.
Mundo onde um dia cheguei chorando e que deixo sorrindo e levitando.
Livre da matéria carente de afeição.
Trazem nas mãos flores que negaram, sobra o tempo que não dispensaram, pegando firme as alças do meu caixão.
E assim eu me vou, sem remorsos, culpas... sem perdão.

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