Hoje, a tristeza tomou conta dos espaços entre minhas costelas.
Desisto.
Simplesmente deixei as pontas soltas dos meus pequenos sonhos caírem do alto das mãos cansadas.
O céu, que antes tinha o dom da promessa, ficou inerte, quase frio, quase cinza.
Há um cansaço manso, que não chora, mas pesa.
O calor das coisas foi embora devagar, como se cada esperança apagasse sua própria luz, uma a uma, sem alarde, até restarem somente sombras nos cantos da sala, no fundo dos olhos.
Desisto... palavra pequena, tão curta, parece o fim de uma estrada que prometia um horizonte.
Desisto... palavra pequena, tão curta, parece o fim de uma estrada que prometia um horizonte.
Há ainda uma faísca teimosa que resiste, mesmo que eu não queira admitir.
Essa faísca tem nome: amanhã.
E, por mais que agora eu não veja sentido, talvez ela seja apenas o tempo esperando para sussurrar que, mesmo nas noites mais longas, existe um novo começo protegido por trás do fim.
Mas hoje, só peço licença pra sentir.
Mas hoje, só peço licença pra sentir.
Hoje, o fim, um pouco antes da esperança.
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