domingo, 12 de março de 2023

Insegurança

Não escolho o supérfluo, vou descobrindo o profundo. Sentimentos, lugares, pessoas e coisas.
Se me jogo, não me arrependo, talvez me decepcione, mas não amputo minhas próprias asas, sou livre.
'Em um mundo de pessoas rasas, tentar mergulhar mais fundo talvez não seja a melhor opção.'
Provavelmente o engano seja meu, intenso demais, agudo demais, complicado... eu sei; não sou perfeito e muito menos raso. Sei lá...
Sou daqueles que quando mergulha, mergulha fundo, seja no amor, amizade, trabalho, projetos ou qualquer outra coisa.
Sou curioso demais e quero saber o que há lá embaixo.
É como nadar em mar aberto, maior sensação de liberdade do mundo, e confesso, de medo também.
O que será que tem lá embaixo?
Talvez a liberdade e a profundidade sejam as coisas que me causem o maior medo, e desassossego.
Medo daqueles... de apertar o coração, de querer fugir para qualquer lugar; medo obscuro enfraquecendo a cabeça e fazendo com que qualquer minhoca se aninhe num cantinho da ideia.
Puta que pariu!
Profundidade é bom, novo, desconhecido e cheio de aprendizado, de descoberta. Curiosidade não mata, ensina.
Morria de medo do jacaré que morava embaixo da minha cama, enquanto não encarei meu medo e fui olhar lá... no escuro... pra ver se encontrava algo; ficava no mesmo lugar e em pânico.
Quando descobri que ali não havia nada, fudeu tudo! Afinal... se não tinha jacaré... o que é que fazia tanto silêncio?
Definitivamente, minha praia não 'dá pé'.

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