Cães são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Todos nós precisamos sentir, ao menos uma única vez, a presença real de um anjo ao nosso lado.
Alguém que não precisamos impressionar, bajular ou até correr o risco de perder.
Seja por orgulho, intolerância, burrice ou simplesmente pelo fato de não dar o braço a torcer.
Pois sabemos que ao tirarmos as máscaras e expormos todo o esplendor do nosso eu, só um anjo não foge assustado.
Um anjo de quatro patinhas não irá, jamais, nos julgar pelas palavras que omitimos ou dissemos.
Nem pelos atos que cometemos, nem reclamar pela mão que não estendemos, ou recolhemos.
Não nos fará cobranças, nem nos falará de coisas e fatos que sequer sabemos.
Não nos pedirá para agir com um estágio de consciência que ainda não temos, ou teremos.
Um anjo de focinho geladinho estará sempre conosco, até o final.
Protegendo, guardando e nos guiando sem contar os dias.
Um anjo de rabinho balançante é o retrato mais perfeito do amigo especial.
Aquele a quem chamamos de a melhor das companhias.
O amor de um anjo peludinho é mais puro do que o córrego, na bela pintura, em meio às montanhas.
Escorrendo devagar, refrescando todo o ar, fazendo sons que só a água faz.
Embala-nos com sua angélica doçura e nos proporciona infindáveis momentos de muita paz.
Povoando nossos sonhos com felicidade e fidelidade, estampadas em suas faces risonhas.
Um anjo pintadinho é tudo aquilo que é terno, verdadeiro, doce, completo, nos dá aconchego.
E que tem o poder de produzir aquela gigantesca calma que invade nosso interior.
Eu acredito, no fundo do meu coração, que encontrei meu anjo nessa ninhada, um precioso amor.
Acredito, encontrei minha outra parte, pois a vida muda sempre que ao meu cão me chego.
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