Como a vida nos cansa... não?!
Somos um amontoado de carne com uma alma guardada dentro, um espírito e um coração.
Se sorrimos demais cansamos de rir, se choramos demais - seja te tristeza ou alegria - nos fatigamos. Se vamos correndo, andando, tempos depois estamos exauridos. Se vamos de carro, de trem, de avião, horas depois, somos assassinados pelo tédio que mais uma vez nos cansa.
Nosso aspecto por fora, nossos músculos e maquiagens imprimem um belo cartão de visita de que somos fortes e duráveis, mas não somos.
Tão frágeis como uma boneca de porcelana, tão efêmeros quanto um castelo de areia.
Nossas promessas, como fotografias mal guardadas, vão perdendo a cor e a validade com o passar dos anos. Nos esquecemos tão rápido do que prometemos quanto nos cansamos de fazer o que é certo.
É quase uma condenação, posso ver o dedo acusador apontando para frente, mas se mudo o foco do meu olhar vejo que o dedo aponta para mim mesmo diante do espelho.
Já me cansei de tanta coisa...
E olho para o meu futuro e o que eu vejo? O cansaço.
Eu tenho medo! Medo porque já vi tantos perderem, tantos desistirem, muitos mais fortes do que eu serem devorados - por quem? - pelo cansaço.
Se cansaram de amar, se cansaram de lutar pelas coisas que valem a pena, se cansaram de valorizar suas esposas, seus filhos, seus amigos, seus peludos.
Estão se arrastando, exauridos, exaustos.
Porque se renderam, se deixaram.
Tornaram-se estranhos para si mesmos, gente que tem um endereço, mas nunca está realmente em casa.
E diante deste dragão que fumega uma destruição silenciosa do que realmente importa na vida, eu me pergunto - Já posso descansar? - ...e me respondo - Não!
E outra vez... e mais uma e uma outra... até que a pergunta não possa mais ser ouvida.
Fim.
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