quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Mãe

Mais um 13 de setembro...
Passei a noite me perguntando:
Mãe, quem é você?
Se estou feliz, quantas vezes te esqueço; se estou triste, quantas vezes te procuro.
Mãe, quem é você, que eu critico e exijo tanto, simplesmente para satisfazer o meu egocentrismo?
Mãe, quem é você, para quem eu tantas vezes esqueço um carinho, e de quem exijo tanta atenção?
Mãe, quem é você, com quem discuto e para quem peço conselhos?
Mãe, quem é você, de quem reclamo tanto, e para quem guardo o meu abraço maior e de maior ternura?

De repente, não mais do que de repente...
Aquele aroma inconfundível.
A sensação de conforto e paz.
Suave melodia.
O calor que me abraça...

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração!
Ser mãe é ter no alheio lábio que suga, o pedestal do seio, onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra sobre um berço dormindo!
É ser anseio, é ser temeridade, é ser receio, é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho, espelho em que se mira afortunada, luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!

D. Helena, obrigado.

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