quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Sou do tempo em que...

O facebook não existia;
colecionar álbuns de figurinhas era top, bater tapão então, nem se fala… o máximo;
meninas de 11 anos brincavam de boneca, e não saíam pra ‘pegar geral’, aliás, nem saíam;
plutão ainda era um planeta;
podia-se brincar na rua e voltar pra casa, onde o maior perigo era se machucar…
e pra isso ainda tinha a solução: o merthiolate que, naquela época, ainda ardia;
pessoas realmente se conheciam, e não tão somente pela “descrição” do perfil;
fotos não eram tiradas para serem colocadas no mural, ou linha do tempo e sim para recordarem um momento.. chamávamos até de “retrato”,
pois realmente tinha a função de retratar um momento/emoção e não valia ver como ficou, apagar e repetir;
maquiagem era coisa de gente grande, usar quando era criança, só pra brincar de gente grande;
pra saber da vida de alguém, só perguntando mesmo, ao próprio ou aos 'olheiros de plantão' — nada de “fuçar”;
crianças tinham (no auge da tecnologia) tamagotchi e não super-telefones-celulares;
usar all-star, franja ou ter um estilinho diferente era legal;
beijos não eram mandados, nem escritos;
as crianças ainda gostavam de parques de diversão (com tromba-tromba, twister, casa-dos-espelhos, etc)
e não tinham problemas de visão nem obesidade;
"frumelo" e “mirabel” existiam;
festas de 15 anos eram baile de debutantes e não mega-eventos-pop e nem se trocavam vendiam por viagens;
bonde significava no máximo um meio de transporte e bala era de açúcar, de goma ou chita, e não drogas;
se mandava cartinhas, pra dizer que amava e não scraps e/ou depoimentos;
dizer que amava, o termo “te amo”.. era algo especial, não se dizia para qualquer-”super-amigo”-temporário;
ser ‘pitboy’ não fazia a mínima diferença, academias tinham poucas, era coisa de gente-grande e dava-se valor a coisas mais duradouras e menos palpáveis;
os casamentos duravam mais, ou pelo menos duravam alguma coisa;
para se ter um amigo era necessário adquirir confiança, credibilidade entre ambos, e não apenas 2 cliques;
e o tempo passou, a modernidade/informática chegou… pra resolver problemas que, definitivamente, não existiam.
Ah, que saudade... bolinha de gude!

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